a - tensão | 22.02.18 - 22.03.18

A mostra reúne esculturas de onze artistas contemporâneos, sendo que nove de uma geração com longa estrada percorrida: Angelo Venosa, Carlos Bevilcqua, Frida Baranek, Ivens Machado, José Damasceno, José Resende, Julio Villani, Luiz Monken e Tunga. E na geração mais nova, duas jovens talentosas artistas, Cristina Lapo e Daniela Antonelli. 


A característica mais evidente entre as esculturas selecionadas é a tensão visível na maioria das obras. À exemplo do Tacape do Tunga, cujos imãs e limalhas de ferro, se contrapõem à estrutura de ferro que fica apoiada na parede. A peça Gota, da série pendente, de Daniela Antonelli, a mais delicada da mostra, se constitui de materiais como osso, couro e sementes que pendem do teto por um fio de linha. Também na obra Pontos Pretos, de Luiz Monken, são os fios metálicos que sustentam e unem os círculos de azulejos pretos presos à parede. A originalidade na forma elegante da escultura de Ivens Machado, também presa à parede, chama atenção pela simplicidade de seus materiais rústicos, cimento, pedra e tela de arame. A tensão está também presente nos Funis de aço galvanizado de Julio Villani, unidos um contra o outro, pendurados por um fio de nylon. Na obra de Frida Baranek, três discos de acrílico sustentam-se em vários fios de aço inox, na tensão provocada pelo peso dos discos coloridos, que Iluminam o trabalho. Cristina Lapo, jovem artista portuguesa residente no Rio, produz peças geométricas em madeira pintada e hastes de aço inox, assim como, fios de linha tencionados que atravessam seus trabalhos.

Apesar de toda a tensão existente nos trabalhos da exposição, existe uma leveza e uma poética que os aproxima.

exposição: 22/02/2018 a 22/03/2018

 

Obras


 
coletivaMercedes ViegasColetiva