Laura Erber | Luiza Baldan | insulares e marginais - 10. 11. 11 > 10. 12. 12
Laura Erber + Luiza Baldan
abertura: 4ª feira, 09/11/2011, 19h às 22h
exposição: 10/11 a 10/12/2011
2ª a 6ª de 12h às 20h, sáb. de 16h às 20h
No próximo dia 09 de novembro, 4a feira, a galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, abre duas exposições individuais de duas artistas cariocas:
Laura Erber antes que um pensamento se conclua
Na exposição Antes que um pensamento se conclua, a artista Laura Erber expõe primeira vez a série de desenhos "Desalinho" e o objeto "Caderno Bénédictino" inspirado na personagem do seu livro digital "Bénédicte vê o mar" lançado recentemente. Os desenhos mostram pautas de cadernos escolares tornadas frágeis e flexíveis, desfazendo a ilusão de estabilidade que normalmente oferecem ao gesto da escrita. Liberadas da função da sustentar palavras, as pautas criam percursos sinuosos e incompletos, ora se despedaçam, ora se enrodilham. A linha torna-se assim uma forma singular de pensamento que não deixa que as idéias se cristalizem.
Laura Erber (1979, Rio de Janeiro) é artista visual e escritora. Sua prática artística vem se caracterizando pelo trânsito entre linguagens numa constante renegociação das fronteiras entre pensamento e imagem. Em 2001 recebeu o Prêmio Nova Fronteira pelo vídeo Campo Geral, inspirado livremente na obra homônima de João Guimarães Rosa. Suas obras foram exibidas em diversos museus e centros de arte tais como Le Plateau de Paris, Jeu de Paume, Grand Palais, Maison Européenne de la Photographie, IASPIS, Nikolaj Kunsthalle, Skyve Ny Kunstmuseum Museu de Arte Contemporânea de Moscou, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Oi Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil. Realizou exposições individuais na Fundação Miró e no Centre D'Art et du Paysage de L'île de Vassivière. Foi artistas em residência no Le Fresnoy (França), Akademie Schloss Solitude (Alemanha), Le Recollets (Paris), Batiscafo (Havana) e Danish Arts Council (Copenhage). Publicou os livros Bénédicte vê o mar (Editora da Casa, 2011), Vazados e Molambos (Editora da Casa, 2008) e Os corpos e os dias (Edtora de Cultura, 2008), finalista do Prêmio Jabuti de 2009. Colabora desde 2007 com a performer Marcela Levi.
Serão expostos cerca de 10 desenhos em dois formatos – 42 x 29,7 cm e 59,4 x 42 cm – e 01 objeto.
Luiza Baldan insulares e marginais
A obra de Luiza Baldan parece nos empurrar para uma zona difícil de ser localizada, pretensamente situada entre o silêncio e o (largo) intervalo entre a espera e o esquecimento. Um território preenchido pelo indício de que algo acabou de acontecer por ali ou há muito é preenchido apenas por memórias. São situações imprecisas assim como é incerto chamar de fotografia, o trabalho de Baldan. São imagens de qualquer lugar. Nenhum trajeto, por mais cotidiano que seja, é sempre o mesmo; nenhum lugar, por mais desconhecido que pareça, deixa de ter algo de familiar e de trazer em si uma noção de pertencimento.
Depois de passar um mês em residência na Península, Barra da Tijuca, em setembro de 2010, a artista produziu diversos trabalhos, incluindo os aqui expostos na Galeria Mercedes Viegas, na individual Insulares e marginais.
Serão expostas 05 fotografias da série Insulares, com tamanhos entre 100 x 100 cm e 110 x 140 cm, e 12 fotos da série Marginais, com 50 x 65 cm cada.
Luiza Baldan nasceu no Rio de Janeiro em 1980. É mestre e bacharel em Artes Visuais pela UFRJ (Rio de Janeiro, 2010) e Florida International University (Miami, 2002). Recebeu prêmios e bolsas como o XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte (2010), Color Express Award (2002) e Brown L. & Marion Whately Scholarship (2002).
Em 2011 realizou residência artística no edifício Raposo Lopes, Rio de Janeiro, e realizará exposição individual no MAC (Niterói - RJ). Em 2010 fez residência artística na Península, Rio de Janeiro, e individuais no Centro Universitário MariAntonia (SP) e Plataforma Revólver (Lisboa, Portugal), e participou do projeto "Poéticas e Retóricas Contemporâneas", através da Funarte, no Centro Cultural da UFG de Goiânia.
Em 2009 fez residência artística no Pedregulho (Conjunto Prefeito Mendes de Moraes), no Rio de Janeiro, fomentada pelo IPHAN através do edital Arte e Patrimônio, e foi premiada pelo 37º Salão de Arte Contemporânea de Santo André - SP.
Em 2008 foi selecionada pelo Centro Cultural São Paulo para realizar exposição individual na 1ª Mostra de Fotografia, recebendo o prêmio aquisição.
Do seu currículo também destacam-se a menção da Fundação Iberê Camargo (2007), e a participação nas coletivas "O Lugar da Linha", Paço das Artes (SP) e MAC (Niterói), 2010; "Nova Arte Nova", CCBB (Rio de Janeiro e São Paulo), 2008 e 2009; “BAC!”, Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (Espanha), 2008.
Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro.