Cela Luz nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1986. De 2015 a 2019, morou em Nova Iorque e obteve um mestrado em Belas Artes pela School of Visual Arts (2017). Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro. Em 2019, ela teve sua primeira exposição individual na Galeria Mercedes Viegas.

“E se o gênero da paisagem esteve vinculado ao que há de sublime e monumental, as imagens de Cela vem da memória, reivindicando o horizonte no que há de íntimo, onírico, menor (“menorme”, como quer José Paulo Paes). Embora seja possível vez ou outra reconhecer um jardim ou uma queda d ́água, essas composições desafiam nossa familiaridade, já que estão descoladas de qualquer geografia. A praça que serve de referência para uma pintura poderia estar em qualquer lugar do mundo. Curiosamente, são pinturas entre a vocação arquetípica – produzindo um certo senso universal - e o delírio infantil, ávido em brincar com a realidade. O que fazemos diante desses fragmentos é justamente vincular nossos próprios referenciais ou,

ao avesso, afrouxar seus significados, suspender a precariedade do real.

“Aprendi a viver em pleno vento”, diz Sophia de Mello Breyner em um de seus poemas. A pintura de Cela Luz caminha com essa lição: chacoalha horizontes, deixa ventar.”

Pollyana Quintella, para o texto crítico da individual Deixa Ventar.

Cela participou de exposições coletivas como “Cognitive Dissidence”, curada por Dan Cameron, no Ray Smith Studio (New York, US, 2017); ‘Transfiguration’, curada por Carl Auge, na SVA Flatiron Gallery, NY; ‘Fragments of a pictorial discourse’, curada por Mario Gioia, na Galeria Roberto Alban (Salvador, Brasil, 2017); ‘Partilhas, Presenças, Projetos, curada por Mario Gioia, na Galeria Blau (São Paulo, Brasil, 2017); ’O Contexto da Linha’, na Galeria Mercedes Viegas (Rio de Janeiro, Brasil, 2018); ‘Elas por Elas’, na Galeria Mercedes Viegas (Rio de Janeiro, Brasil, 2019); ‘Pequenos Formatos’, também na Mercedes Viegas Gallery (RJ, Brasil 2019); Desenhos 2021, na Mercedes Viegas.