Rosa | 14. 12. 16 > 04. 02. 17
Rosa | 14. 12. 16 > 04. 02. 17
ROSA
Uma cor composta pela intensidade do vermelho com a paz do branco. Uma cor que geralmente é associada à paixão, ingenuidade e ‘bonheur’. É a felicidade e a leveza da consciência de uma criança, onde não há preocupações. A primeira cor que obrigamos as meninas a gostarem, e que caçoamos dos meninos quando usam uma peça de roupa de tal tonalidade.
É a cor que tinge nossas bochechas na hora da timidez, que nos retrai, pois temos consciência da sua presença. O rosa é a cor que nos entrega no momento de um segredo escondido, que está na vontade do amor inexplorado ou escondido. Está no buraco feito no coração assim como no risco da pele lanhada, e em torno dos cortes no corpo. Uma irritação, física – possivelmente emocional também.
O rosa, com uma variação de tonalidades e vibrâncias únicas… Do neon, que é cafona ou ‘cool’, ao elegante rosa bebê. O rosa está na arquitetura, na cidade, nas flores, na natureza, na pele, no corpo. Ele está em todo entorno, porém somente alguns conseguem vê-lo. Essa exposição é sobre a felicidade que temos que cultivar a ficção do mundo cor-de-rosa, enquanto vemos nossa inocência nos abandonar a cada descontentamento.
Antonio Bokel, Duda Moraes, Elisa Bracher, Elvis Almeida, Frida Baranek, Gustavo Speridião, Luiz D’Orey, Luiz Monken, Marcia Thompson, Raphael Couto, Regina de Paula e Vânia Mignone apresentam obras que vão além da cor, e tocam em assuntos que compõem natureza humana, abrindo contentamentos sobre nossa relação ao próximo. Ao nos velarmos atrás de um véu de felicidade inatingível, esquecemo-nos do próximo. Nos esquecemos de nós mesmos. Está na hora de reavaliarmos o rosa.
Gabriela Davies